Seis iniciativas com potencial de gerar impacto socioambiental positivo no ecossistema de carbono de impacto serão selecionadas até 16 de fevereiro de 2023.
O Fundo Vale, fundo de fomento e investimento criado para potencializar uma economia mais justa e inclusiva por meio de negócios de impacto socioambiental, e o Quintessa, aceleradora de impacto positivo que é referência em negócios de impacto, lançaram recentemente o programa Desafios Floresta & Clima – Edição Carbono em parceria com Cubo | Itaú, ecosecurities, Instituto Ekos Brasil, Irani, KPTL, Suzano Ventures, que superou as expectativas e teve 239 inscritos. Agora, a fase é de avaliação das propostas. Até seis iniciativas com potencial de gerar impacto socioambiental positivo no ecossistema de carbono florestal serão selecionadas, priorizando soluções que preservam a biodiversidade e a geração de co-benefícios sociais para as comunidades locais. O anúncio do resultado está previsto para início de abril/2023 e você pode saber mais no site do programa: desafiosflorestaeclima.com.br.
Se inscreveram desde negócios em estágio inicial que precisam de apoio para validar sua ideia, até negócios maduros com soluções prontas ou a serem adaptadas/ criadas que precisam de apoio para escalar. Não há restrição em relação ao perfil das iniciativas, ou seja, foi aceita a inscrição de startups, negócios, organizações, cooperativas, entre outros. O mais importante é que as premissas tenham capacidade de escala e possuam perspectivas de serem sustentáveis financeiramente.
As iniciativas selecionadas passarão por um programa de aceleração coordenado pelo Quintessa, com duração de seis meses, que proporcionará:
- Acompanhamento individual e personalizado;
- Mentoria para apoiar os desafios estratégicos de cada negócio;
- Diagnóstico e desenvolvimento do plano de aceleração, com base na metodologia do Quintessa, que já foi utilizada no impulsionamento de mais de 400 startups de impacto;
- Apresentação do negócio para executivos(as) do Fundo Vale, Vale S.A., parceiros estratégicos, investidores e apoiadores;
- Acesso à rede de mentores do Quintessa.
Em breve, os seis negócios selecionados nesta edição do programa serão divulgados. Os próximos ciclos ainda não têm data marcada, mas serão recorrentes já que o Fundo Vale está empenhado em fomentar este setor e, cada vez mais, busca aproximação com o ecossistema de inovação para apoiar negócios e conhecer diferentes soluções e iniciativas.
Para Giovana Serenato, líder de Inovação Socioambiental do Fundo Vale “a Edição Carbono é um marco para o Fundo Vale, visto que além do desafio de encontrarmos e acelerarmos até seis iniciativas em um ecossistema ainda carente de negócios estruturados, decidimos desde o início que a construção e a execução ocorreria de forma colaborativa, ativando players importantes para nos apoiar, desenhando uma Teoria de Mudança específica e focando sempre na intenção de gerar impacto socioambiental positivo”, enfatiza.
Entenda quais são os impactos e resultados esperados ao longo dos anos:
Ecossistema de carbono de impacto no Brasil
O Fundo Vale colabora com o fortalecimento do mercado de carbono de alta integridade e, através desse novo programa, fomenta soluções inovadoras de geração de créditos de carbono que, na sua origem, contribuam para a promoção do desenvolvimento sustentável e melhoria nas condições de vida local a partir de co-benefícios sociais.
Segundo o gestor do Fundo Vale, Gustavo Luz, ao longo dos investimentos em novos negócios de impacto para a Meta Florestal Vale 2030, percebeu-se que um dos grandes desafios para a larga escala era destravar gargalos estruturantes para a cadeia como um todo.
“Ao enxergar o Brasil como potencial protagonista global em inovação e sustentabilidade, fomentar esses negócios, desde sua originação, passando pela aceleração, até a entrega final, é parte fundamental do nosso propósito”, explica Luz.
Desafios do mercado de carbono de impacto
Os desafios do ecossistema de carbono agroflorestal foram separados em dois eixos: indireto, que se refere às soluções que atuam ao longo da cadeia agroflorestal, indiretamente impactando o carbono; e direto, relacionado às soluções que trazem benefícios de forma direta ao mercado de carbono, desde a originação, nas diversas etapas do ciclo de desenvolvimento e monitoramento de um projeto.
No eixo Indireto, busca-se soluções de fornecimento de insumos para sistemas agroflorestais, formação técnica para atores da cadeia de carbono, garantia de posse e uso da terra e comercialização de produtos agroflorestais. Enquanto no eixo Direto, procuram-se soluções de monitoramento de projetos de créditos de carbono, gestão de projetos de crédito de carbono, financiamento de projetos de crédito de carbono, acesso ao mercado de carbono e redução de risco de projetos de crédito de carbono.
“Identificamos diversos e relevantes desafios na cadeia agroflorestal e cadeia de carbono. Dado que apenas esperar não é uma opção, a iniciativa se propõe a impulsionar aqueles que estão propondo soluções para eles. Optamos por uma metodologia personalizada para garantir a qualidade e assertividade na agregação de valor do programa para os empreendedores, que podem ter soluções e negócios em estágios mais iniciais ou avançados.” comenta Anna de Souza Aranha, sócia-diretora do Quintessa.