Parceiro da Meta Florestal 2030 da Vale, o ITV apoia o Fundo Vale na geração de valor científico associado ao impacto socioambiental da recuperação de áreas com sistemas sustentáveis

Criado em 2010 pela Vale com a missão de gerar conhecimento científico e desenvolver competências em mineração e sustentabilidade, o Instituto Tecnológico Vale (ITV) está celebrando 15 anos de atuação. Mais do que um centro acadêmico, o ITV aplica a ciência para enfrentar desafios da mineração e fomentar o desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio da inovação.
Atualmente, o braço de desenvolvimento sustentável (DS) do instituto – parceiro estratégico do Fundo Vale – conta com 40 pesquisadores dedicados, 105 colaboradores, 11 laboratórios equipados com tecnologia de ponta e um legado de 735 artigos científicos publicados, 10 patentes concedidas e 185 pessoas formadas no mestrado profissional oferecido pelo instituto. “Temos a missão de produzir ciência que apoie os negócios da Vale de maneira sustentável. Mas nossa visão vai além: buscamos ativamente um cenário onde a inteligência científica que desenvolvemos seja a base essencial para os tomadores de decisão, transformando dados em ações concretas e estratégicas para um futuro mais sustentável”, explica Josiane Martins, gerente de Gestão de Projetos e Relações Institucionais do ITV.
As estratégias do ITV incluem a formação de pessoas em um mestrado profissional, disseminação do conhecimento, desenvolvimento de tecnologias socioambientais e parcerias estratégicas. A excelência científica, a transparência e o compartilhamento de aprendizagem são valores prioritários para o ITV. O instituto também valoriza a colaboração, o conhecimento tradicional das comunidades e a abordagem multidisciplinar, buscando soluções que integrem as dimensões social, econômica e ambiental.
“Tomar decisões com base em dados e evidências, gerar conhecimento e contribuir com as práticas de campo são fatores fundamentais para o impacto socioambiental que buscamos nas iniciativas que apoiamos (no âmbito da meta da Vale de recuperar 100 mil hectares até 2030). Por isso, o ITV é um parceiro chave que temos o privilégio de estar com a gente nessa jornada”, afirmou Nathalia Cipoleta, da Gerência de Estratégia, Gestão e Impacto do Fundo Vale.
Conheça os projetos do ITV que apoiam o Fundo Vale no compromisso previsto na Meta Florestal 2030 da Vale de recuperar 100 mil hectares por meio de sistemas sustentáveis.
Projeto Cacau

A iniciativa investiga os principais desafios na estruturação na cadeia do cacau e visa promover a valorização da biodiversidade e o fortalecimento da bioeconomia na Amazônia por meio dos negócios apoiados pelo Fundo Vale. Entre as ações, destacam-se a realização de um diagnóstico sobre o estágio atual da cadeia do cacau na região — em termos tecnológicos e de organização socioeconômica — e o cruzamento de informações sobre passivos e excedentes florestais com áreas destinadas a sistemas agroflorestais (SAFs) nas propriedades vinculadas à Meta Florestal 2030 da Vale. Os cientistas que atuam no projeto também investigam a relação entre microrganismos e os aromas e sabores das amêndoas de cacau, conectando aspectos técnicos e sensoriais da produção e promovendo o intercâmbio entre especialistas, produtores e empreendedores locais.
Índice de Qualidade do Solo (IQS)
O IQS se dá por meio de uma avaliação contínua dos aspectos físicos, químicos e biológicos do solo em áreas recuperadas por meio dos negócios apoiados pelo Fundo Vale, utilizando técnicas moleculares baseadas em DNA e proteínas. A iniciativa visa validar a eficácia do manejo sustentável e quantificar os ganhos em serviços ecossistêmicos, a partir de um diagnóstico detalhado da qualidade do solo nessas áreas. O projeto conta com análise de laudos de fertilidade, realização de estudos biológicos moleculares para mapear a diversidade biológica presente e o aprimoramento da fórmula de cálculo do Índice de Qualidade do Solo biológico. Os resultados dos estudos são utilizados para a mensuração do impacto ambiental gerado pelo apoio do Fundo Vale.
Vegetação Nativa

O projeto “Análise da Conservação da Vegetação Nativa em Áreas Protegidas e Propriedades Privadas” foi desenvolvido com três objetivos centrais em seu escopo. Primeiro, identificar oportunidades e ameaças à conservação de vegetação nativa no Brasil, com foco especial em práticas como desmatamento e queimadas. Em segundo lugar, busca analisar a adequação ambiental de imóveis rurais para garantir sua conformidade com regulamentações ambientais. Por fim, oferecer um panorama qualitativo sobre a performance biofísica e socioeconômica dos SAFs implementados nos municípios de Canaã dos Carajás e Parauapebas, culminando na criação de um índice de performance agroflorestal.
Democratização do conhecimento
Para conscientizar agricultores sobre a importância das práticas sustentáveis, o Instituto Tecnológico Vale (ITV), com o apoio do Fundo Vale, desenvolveu algumas cartilhas:
Polinizadores
A cartilha Polinizadores: os pequenos animais que contribuem para a produção de frutas e sementes na agricultura mostra que, quanto mais recursos florais estiverem disponíveis nas áreas de cultivo, maior é a qualidade dos serviços de polinização, resultando em uma produção agrícola melhorada. Além disso, evidencia que os sistemas agroflorestais, como os que incluem cultivos como o cacau, desempenham um papel importante na conservação da natureza, ao mesmo tempo em que são rentáveis para os agricultores.
Regularização Fundiária
Outra publicação importante é a cartilha Regularização Fundiária: Guia Prático para o Agricultor Familiar. O material aborda questões jurídicas, ambientais e sociais, oferecendo orientações práticas para superar os entraves da regularização fundiária no país. O guia apresenta conceitos fundamentais de regularização fundiária e detalha as políticas públicas disponíveis, como o PRONAF e o Programa Nacional de Crédito Fundiário. Além disso, apresenta orientações sobre a importância do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e outras medidas indispensáveis para a regularização.
Sistemas Agroflorestais
O conteúdo cultivando sustentabilidade: um guia sobre Sistemas Agroflorestais (SAFs) foi elaborado para oferecer informações práticas e acessíveis, auxiliando agricultores e agricultoras familiares na implementação e gestão de agroflorestas. Além disso, o guia destaca políticas públicas e incentivos disponíveis, buscando fortalecer o papel dos SAFs na promoção de uma economia rural mais sustentável e resiliente.
Manejo de Abelhas
A apostila Mel no SAF: Manejo de abelhas nativas em Sistemas Agroflorestais (SAFs) trata da transição entre agricultura e pecuária convencional para Sistemas Agroflorestais, tendo a Meliponicultura como atividade de apoio dentro dos SAFs. O material traz informações técnicas sobre a implantação e o manejo de SAFs e da cultura do mel como alternativa de renda para população rural, além de listar iniciativas de ajuda especializada.