27/10/25

Com a expansão das operações da empresa, será possível sequestrar cerca de 850 mil toneladas de carbono até 2027 

A Belterra, referência global em implantação de sistemas agroflorestais, conquistou um mais um importante marco: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de um financiamento de R$ 100 milhões, por meio do Fundo Clima, para apoiar a expansão do projeto da empresa que prevê a restauração de 2,75 mil hectares de pastagens degradadas em Mato Grosso, Bahia, Pará e Rondônia. O investimento total, estimado em R$ 135 milhões, contribuirá para o sequestro de cerca de 850 mil toneladas de carbono até 2027 e conta com R$ 20 milhões do Fundo Vale para estruturação de mecanismos de garantia para a operação com BNDES. 

Parte essencial dessa jornada tem sido a parceria estratégica com o Fundo Vale, que desde 2020 apoia a Belterra por meio da Meta Florestal 2030 da Vale, iniciativa que tem como meta proteger e recuperar 500 mil hectares até o final da década. O Fundo Vale foi co-criador e investidor semente da Belterra, atuando de forma decisiva na estruturação financeira e no desenvolvimento de instrumentos de blended finance – estratégia que combina diferentes fontes de recursos, entre capital de impacto e crédito tradicional, para viabilizar projetos de alto impacto socioambiental.  

De acordo com Gustavo Luz, diretor do Fundo Vale, a parceria com a Belterra reflete o compromisso da instituição em apoiar negócios de impacto: “Nos orgulha ver o uso do capital catalítico para destravar garantias e atrair novos investimentos a um projeto que simboliza perfeitamente a transição para uma economia de baixo carbono”, destacou. Já o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reforçou a convergência de objetivos entre os parceiros: “Nesta operação com o Grupo Belterra, o banco une crédito, inovação e inclusão para transformar áreas degradadas em polos de floresta e alimento, promovendo renda e combate às mudanças climáticas”. 

Essa nova etapa de expansão da Belterra ganha força após uma fase inicial bem-sucedida com 550 hectares já implantados, apoiados pelo Amazon Biodiversity Fund (ABF), fundo de investimentos liderado pela gestora internacional Impact Earth. A gerente de Investimentos da ABF, Andrea Resende, destaca que o apoio à Belterra está alinhado com os pilares de agricultura sustentável e fortalecimento da cadeia de valor do pequeno produtor: “É um modelo pioneiro, escalável e capaz de gerar impacto positivo na biodiversidade e nas comunidades locais”. 

Além do impacto ambiental, o projeto da Belterra também gera efeitos sociais concretos. Estima-se que a expansão resultará na criação de cerca de 400 empregos diretos, beneficiando pequenos e médios produtores que passam a adotar práticas regenerativas com potencial de aumento de renda.  

Para o fundador e CEO da Belterra, Valmir Ortega, essa nova fase marca um ponto de inflexão para o setor: “Com o apoio do BNDES e de parceiros como o Fundo Vale e a Impact Earth, poderemos acelerar a transição para uma agricultura regenerativa em larga escala, demonstrando que manter a floresta em pé é, também, um excelente negócio”.