26/11/25

Com apoio de instituições como Fundo Vale, o mecanismo direciona recursos para negócios de base comunitária na floresta 

Durante a COP30, no Parque da Bioeconomia e Inovação, a Climate Ventures e a Sitawi Finanças do Bem anunciaram o lançamento do Instrumento Financeiro para Justiça Climática, um fundo rotativo comunitário inovador que direciona capital concessionário para negócios de impacto socioambiental positivo. O mecanismo visa promover iniciativas que fortalecem a justiça climática, com ênfase em empreendimentos liderados por populações tradicionais, indígenas e quilombolas, ampliando o acesso a recursos financeiros e fomentando uma economia mais justa. 

Resultado da Força-Tarefa 1 do Lab de Inovação em Justiça Climática, o instrumento foi cocriado para priorizar essas comunidades, reforçando sua autonomia produtiva e o protagonismo territorial. Ele combina financiamento acessível com assistência técnica integral, apoiando desde a estruturação inicial dos negócios até a consolidação de cadeias produtivas sustentáveis, como a economia da floresta e do impacto, que geram benefícios locais e contribuem para a preservação ambiental. 

Para Márcia Soares, gerente de Amazônia e Parcerias do Fundo Vale – uma das instituições apoiadoras –, o instrumento representa um avanço importante nessa agenda. “O Fundo Vale atua há 16 anos na agenda de floresta e clima, e vem apoiando a estruturação de instrumentos financeiros e arranjos que viabilizem uma economia da floresta mais justa”, afirma. Segundo ela, iniciativas como essa ajudam a criar condições reais para que os territórios sejam protagonistas das soluções. “Quando fortalecemos negócios comunitários e de base local, estamos apoiando ao mesmo tempo a proteção da floresta, a geração de renda e a redução das desigualdades”, completa. 

O Instrumento Financeiro para Justiça Climática conta com o apoio do Fundo Vale, BMW Foundation Herbert Quandt, Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.