08/09/23

O governo federal organizou, de 3 a 6 de agosto, em Belém (PA), os Diálogos Amazônicos, uma série de eventos voltada para a sociedade civil, com o objetivo de mobilizar organizações que atuam pela conservação e restauração do bioma amazônico, como prévia da Cúpula da Amazônia encontro dos presidentes dos países da Pan-Amazônia. Aproveitando a oportunidade, várias organizações promoverem eventos paralelos ao redor dos temas. 

Ao todo, foram cinco plenárias principais, quatro transversais e dezenas de atividades paralelas auto-organizadas por coletivos, movimentos sociais, Academia e outros grupos. O Fundo Vale contou com palestrantes em cinco mesas. Na mesa que discutiu o “Cinturão Verde da Amazônia”, organizada por Systemiq, foi representado por Márcia Soares, líder de parcerias do Fundo Vale.  

Já Patrícia Daros, diretora de soluções baseadas na natureza da Vale, participou das mesas “Mecanismos financeiros, regulatórios de ambiente de negócios para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono”, organizada pela Systemig, e “O papel do setor empresarial no desenvolvimento de soluções climáticas naturais inclusivas na Pan-Amazônia”, organizada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), além do workshop “Finance for a Zero Deforestation Amazon: Panel Financing Positive Change in Amazon”, organizado pela Global Canopy e do Science Panel for Amazon (evento paralelo).  

Na mesma semana, Guilherme Oliveira, diretor científico do Instituto Tecnológico Vale (ITV), participou da mesa “Novas formas de empreender e o futuro da Amazônia: a importância de um ecossistema de impacto fortalecido”, organizado pela Coalizão pelo Impacto, PCT Guamá, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Cesup. 

A equipe do Fundo Vale também se conectou com vários parceiros e membros dos governos federal e estadual e acompanhou discussões de temas como REDD+, restauração florestal, bioeconomia, unidades de conservação, ferramentas para a conservação de áreas, erradicação do trabalho análogo ao escravo, segurança alimentar, transição energética, sociobioeconomias, regularização fundiária, mercado de carbono, conservação de florestas, conservação da biodiversidade, investimentos de impacto, entre outros. 

“Vimos uma movimentação muito grande da sociedade — lideranças indígenas, ribeirinhas, movimentos da sociedade civil e ONGs discutindo temáticas prioritárias da Amazônia”, conta Márcia. “Nossa participação mostrou que somos relevantes para a conservação do bioma e reconhecidos pelo setor como uma entidade que tem uma contribuição importante.” 

O Fundo Vale também organizou, em parceria com o ITV, a Vale e o JGP (fundo de investimento) uma visita de campo em Belém para dar visibilidade às estruturas já existentes, competentes e atuantes na bioeconomia da Amazônia. Na ocasião, a Manioca, a Oakberry e o próprio ITV receberam a visita do grupo formado por organizações de diferentes perfis que buscam impulsionar os negócios socioambientais da região.

A equipe também participou de alguns eventos paralelos à Cúpula da Amazônia, realizados de 7 a 10 de agosto. Entre eles, a comemoração dos 15 anos do Fundo Amazônia, com apresentação de resultados e perspectivas, e o lançamento da Coalizão Verde, movimento liderado pelo BID que reúne bancos públicos e de desenvolvimento para lançamento de linhas de financiamento e fomento com foco na manutenção da floresta em pé, na valorização de seus povos e em uma transição justa para uma economia de baixo carbono.

A entidade também esteve presente nos Diálogos Pan-Amazônicos de Biodiversidade, organizados por WWF-Brasil, TNC-Brasil, CEBDS, CI-Brasil, PNUD, PNUMA e OTCA, no Seminário Inovação, Finanças e Natureza, organizado pelo Consórcio Amazônia Legal e pelo BID, e no lançamento do CAR (Cadastro Ambiental Rural) 2.0 e do Módulo de Inteligência Territorial (MIT), parceria da Semas-PA com a TNC.