Na Meta Florestal temos a oportunidade de testar a tese de investimento considerando a melhor relação risco, retorno e impacto socioambiental positivo e, ao mesmo tempo, desenvolver ideias e negócios inovadores e escaláveis. Podemos entender de que forma e em que momento o capital aportado pelo Fundo Vale pode gerar mais valor, seja no suporte não financeiro ou como capital semente ao acompanhar o processo de evolução de cada negócio, desde o estágio inicial, até atingirem um grau de maturidade de tração e, assim, estarem preparados para o investimento.

Atualmente, os ganhos econômicos de curto prazo provenientes de práticas degradantes ao meio ambiente e, em muitos casos ilegais, são frequentemente maiores do que aqueles obtidos por meio de iniciativas que envolvam sua conservação. Nesse sentido, novas abordagens – na mesma escala econômica – são necessárias para gerar maior valor compartilhado a partir do uso sustentável do solo. Acreditamos que a Meta Florestal 2030 Vale tem a possibilidade de mostrar evidências concretas que é possível reverter esse cenário por meio de soluções inovadoras de alto impacto socioambiental positivo.

Quando oferecemos alternativas, como sistemas agroflorestais, damos a oportunidade de gerar renda a partir da conservação e viabilizamos um sistema mais sustentável. Fica mais fácil convencer um produtor a manter a floresta em pé. Para isso, é preciso apoiar e incentivar não apenas os negócios mais estruturados, mas iniciativas novas em diferentes elos das cadeias de produção. Nós buscamos também ser agentes fomentadores destas práticas ecoeficientes.

O Fundo Vale vem colaborando para o fortalecimento do ecossistema de carbono e de impacto. Entendemos que possuímos uma função relevante no apoio, na formação, no fomento e no investimento em negócios que gerem impactos socioambientais, influenciando na disseminação do tema e incentivando para que cada vez mais negócios e soluções inovadoras, suportados por uma rede de parceiros, possam cumprir seu papel de transformar pessoas e lugares.

Não é trivial trabalhar em parceria, já que cada organização tem sua agenda e suas metas. O caminho deve ser coletivo, pois sozinho ninguém muda nada, mas não é fácil chegar a um caminho justo e que atenda a todos. É preciso ceder para fechar parcerias e seguir em frente.