12/09/23

Fundo Vale, Energisa e Norte Energia estão apoiando o edital do programa Floresta Viva, voltado à restauração ecológica e fortalecimento das cadeias produtivas associadas à restauração na bacia hidrográfica do rio Xingu, lançado no dia 5 de setembro, Dia da Amazônia, em Belém (PA).   

Iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com instituições apoiadoras, o Floresta Viva implementa projetos de restauração ecológica com espécies nativas e sistemas agroflorestais nos biomas brasileiros, com consequentes benefícios à preservação da biodiversidade, à disponibilidade de recursos hídricos, à redução da erosão, à melhoria do microclima, à remoção de dióxido de carbono da atmosfera e à geração de empregos e renda.  

O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) — entidade sem fins lucrativos com larga experiência em gestão financeira de projetos ambientais — é o parceiro responsável pela organização e condução dos processos de seleção, contratação, acompanhamento e monitoramento de resultados dos projetos contemplados por meio de seleção pública e/ou fomentos estruturados. 

O Fundo Vale aderiu à iniciativa com o objetivo de conceder apoio financeiro a projetos de restauração florestal com espécies nativas e com sistemas agroflorestais (SAF) nos vários biomas do território brasileiro. Além do fomento, a equipe do Fundo Vale está ajudando a elaborar o edital e atuará nos comitês técnico e gestor, responsáveis por definir os critérios de seleção e de avaliação dos projetos, além de acompanhar os resultados alcançados.  

 ”Nossa adesão a essa iniciativa representa um grande marco na nossa agenda de restauração e bioeconomia. Ao somarmos às ações que já empreendemos para alcançar nossa Meta Florestal, de 500 mil hectares de restauração e proteção, fortalecemos estratégias que efetivamente preservam a rica biodiversidade da Amazônia. O impacto se amplia consideravelmente quando temos todos esses atores trabalhando juntos. Enxergamos um imenso valor em parcerias desse tipo, envolvendo diversos setores. É crucial conhecermos as iniciativas que estão sendo implementadas no campo e potencializarmos esses esforços” 

afirma Patrícia Daros, diretora de soluções baseadas na natureza da Vale.  

Importância da região  

Com cerca de 1.870 quilômetros de comprimento, o rio Xingu nasce no bioma Cerrado e cruza um longo trecho da Amazônia até desaguar no rio Amazonas. Sua bacia ocupa um território de, aproximadamente, 53 milhões de hectares, abrangendo cerca de 50 munícipios nos estados do Mato Grosso e do Pará.  

O rio Xingu cruza diversas terras indígenas e unidades de conservação, áreas protegidas que formam um grande corredor de biodiversidade que conecta os dois maiores biomas brasileiros e abriga diversos povos indígenas e populações ribeirinhas, desempenhando um importante papel na conservação da sociobiodiversidade local. A região age como uma linha de defesa contra o avanço do desmatamento na Amazônia oriental.   

 “Essa região é uma área muito vulnerável e a Vale tem, inclusive, o compromisso formal (Meta Florestal 2030) de colaborar com a restauração local, além de fomentar a renda da comunidade por meio da cadeia produtiva”,

afirma Mônica Fonseca, analista de sustentabilidade do Fundo Vale.  

 Serão disponibilizados R$ 26,6 milhões em recursos a serem distribuídos a até nove projetos. O valor foi captado por meio de matchfunding, modelo de financiamento em que o BNDES investe metade desse valor e o restante é dividido em partes iguais entre os três parceiros.   

O objetivo é selecionar projetos de restauração ecológica e fortalecimento das cadeias produtivas associadas à restauração no território da bacia do rio Xingú, divididos em três regiões focais — Alto Xingu, Médio Xingu e Baixo Xingu. São elegíveis projetos de instituições sem fins lucrativos, como associação civis, fundações privadas e cooperativas.