22/12/22
Na COP-27, lideranças discutem novas estratégias para conter a crise climática no mundo

A maior e mais emblemática conferência climática que reuniu governos, ambientalistas, ONGs e o setor privado em peso, anunciou novos projetos para minimizar os impactos da crise climática no Brasil. O Fundo Vale esteve presente em diversas temáticas em alta, reafirmando seu compromisso e fomentando o ativismo brasileiro com o meio ambiente.

A Vale apresentou nos painéis e encontros empresariais da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP 27ª, iniciativas bem-sucedidas de descarbonização, de recuperação de florestas e de mitigação de impactos relacionados às mudanças climáticas. Além disso, assinou acordos e contratos relevantes.

A participação maciça da iniciativa privada brasileira na COP 27, a segunda maior delegação presente no evento, demonstrou o alto nível de engajamento da organizações com as metas de sustentabilidade do país. Diferentes lideranças do Fundo Vale foram ao Egito buscar novas conexões com organizações, empresas, investidores e lideranças climáticas.

Durante a COP 27, a Vale, por meio do Fundo Vale, esteve presente em diversas temáticas em alta, como:

  • Vale e governo do Pará firmam parceria para fortalecer a bioeconomia no estado
  • Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale se unem para restaurar, conservar e preservar 4 milhões de hectares de florestas nativas no Brasil
  • Plataforma de inovação em negócios da bioeconomia na Amazônia é lançada com meta de capacitar até 3 mil talentos e criar 200 startups
  • Investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Vale em dois protocolos de intenção voltados para a região Norte e Nordeste do país: o Garante Amazônia e a iniciativa Juntos pela Saúde

Vale e governo do Pará firmam parceria para fortalecer a bioeconomia no estado

O protocolo de intenções foi assinado no Hub Amazônia, na COP 27, no Egito, por Maria Luiza Paiva, vice-presidente executiva de Sustentabilidade da Vale, e por Helder Barbalho, Governador do Pará. O objetivo é construir o Espaço de Inovação em Bioeconomia, em Belém, dedicado ao fortalecimento dessa atividade no Estado, para contribuir com a conservação e preservação ambiental.

A proposta é desenvolver o modelo conceitual de um local de promoção de inovação para empresas de bioeconomia no Pará e, também, da interiorização dessa atuação ao longo das cadeias de valor da sociobiodiversidade. Além disso, a ideia é realizar a conexão de startups de bioeconomia com o mercado, geração de conhecimento com a participação de setores científico-tecnológicos, e ainda, formação de talentos.

A implementação deve ocorrer em etapas:

  • Desenvolvimento do modelo conceitual
  • Elaboração
  • Implantação
  • Ramp-up da operação da rotina do Espaço de Inovação em Bioeconomia

O trabalho incluirá também a avaliação do potencial do Instituto Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS) como unidade âncora do local.

“A Vale assumiu o compromisso de proteger e recuperar mais 500 mil hectares de florestas até 2030, além de suas fronteiras. O objetivo é escalar iniciativas que gerem renda para pessoas que vivem no campo ou nas florestas e, ao mesmo tempo, contribuam para reduzir as emissões de carbono. Acreditamos que podemos, com a nossa experiência, somar esforços com o governo do Pará para a implementação deste espaço e contribuir cada vez mais com o fortalecimento da bioeconomia no estado”, destaca Maria Luiza Paiva.

O espaço de inovação deverá atuar também como um dos suportes ao Plano Estadual de Bioeconomia, lançado pelo governo do Estado também na COP 27. O plano conta com 89 ações que abrangem três eixos distintos: Cadeias Produtivas e Negócios Sustentáveis; Patrimônio cultural, patrimônio genético e conhecimento tradicional associado, além de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale se unem para restaurar, conservar e preservar 4 milhões de hectares de florestas nativas no Brasil

Durante a COP27, no Egito, Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, anunciaram a criação de uma empresa totalmente dedicada às atividades de restauração, conservação e preservação de florestas no Brasil: Biomas – que prevê o plantio de aproximadamente 2 bilhões de árvores nativas.

O objetivo é, ao longo de 20 anos, atingir uma área restaurada e protegida de 4 milhões de hectares de matas nativas em diferentes biomas brasileiros, como Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. A área é equivalente ao território da Suíça ou do estado do Rio de Janeiro. O plano é restaurar 2 milhões de hectares de áreas degradadas, a partir do plantio de aproximadamente 2 bilhões de árvores nativas, em um modelo de negócios em larga escala. A empresa também conservará e preservará 2 milhões de hectares.

A expectativa do grupo é estimular o desenvolvimento regional e o fortalecimento das comunidades locais. A Biomas contará com um aporte inicial de R$ 20 milhões de cada sócia no primeiro ano. O objetivo é promover um modelo de negócio sustentável do ponto de vista financeiro, viabilizando cada projeto de restauração, conservação e preservação a partir da comercialização de créditos de carbono.

A aliança lançada na COP27 prevê, entre remoções e emissões evitadas, reduzir da atmosfera aproximadamente 900 milhões de toneladas de carbono equivalente durante o período de duas décadas. Além disso, estima-se que a nova empresa contribuirá para a proteção de mais de 4.000 espécies de animais e plantas.

“Somos parceiros da Biomas porque é uma iniciativa pioneira que amplia os esforços do setor privado brasileiro para gerar impacto socioambiental positivo em escala. A Vale já ajuda na proteção de 1 milhão de hectares, dos quais 800 mil estão na Amazônia, e se compromete, até 2030, a recuperar e proteger 500 mil hectares de áreas além de suas fronteiras”, Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale.

Plataforma de inovação em negócios da bioeconomia na Amazônia é lançada com meta de capacitar até 3 mil talentos e criar 200 startups

Anunciada durante a COP 27, a Plataforma Jornada Amazônia é liderada pela Fundação CERTI e conta com coparticipação e investimentos do Bradesco, Fundo Vale, Itaú-Unibanco e Santander – que se enquadram no Plano Amazônia, aliança entre os três bancos, e no Programa de Bioeconomia do Fundo Vale. O foco da plataforma é promover negócios inovadores que apoiem a manutenção da floresta em pé, capacitando até 3 mil talentos e estimulando a criação de 200 startups.

A união destes grandes atores amplia a abrangência e o impacto de um programa que vem sendo construído e validado há três anos com capital semente do Fundo Vale e de outras organizações.

A Jornada Amazônia terá três frentes complementares:

  1. Fortalecer a cultura empreendedora, inovadora da região e aumentar o número de empresas dos setores da bioeconomia | A CERTI irá capacitar aproximadamente 3 mil talentos locais em empreendedorismo inovador e fomentar a criação de até 200 startups, com apoio a atividades que incluem mentorias, treinamentos e recursos não-reembolsáveis, auxiliando-as nos seus primeiros passos.
  2. Melhoria das condições de performance das startups de impacto mais promissoras, considerando as já existentes na Amazônia | A CERTI irá fornecer suporte técnico, tecnológico e de gestão para reduzir riscos técnicos e acelerar a evolução das 100 startups mais promissoras. Também facilitará conexões diretas com pelo menos dez indústrias âncoras para a validação dos produtos ou soluções e investimentos nas empresas, permitindo tracionar as cadeias sustentáveis da floresta e criando referência para a bioeconomia inovadora na região.
  3. Fortalecer até dez organizações estratégicas do ecossistema | A CERTI apoiará incubadoras, aceleradoras e venture builders para alcançar um número crescente de startups e ajudá-las a sobreviverem às etapas iniciais de formação dessas empresas. O fortalecimento se dará por capacitação, intercâmbio de know-how e de processos, co-investimento ou operações conjuntas financiadas no âmbito da iniciativa.

A Plataforma Jornada Amazônia tem a ambição de alavancar impactos no território junto a quem entende e compartilha da visão de que a floresta em pé vale muito mais do que ela derrubada. Para participar, acompanhe o primeiro edital que será lançado no início de 2023.

Investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Vale em dois protocolos de intenção voltados para a região Norte e Nordeste do país: o Garante Amazônia e a iniciativa Juntos pela Saúde.

As duas empresas aportarão R$ 108 milhões nas duas ações, que preveem a promoção da saúde básica e o estímulo à economia sustentável nessas regiões. A Vale é a primeira parceira a aderir às ações e aportará R$ 20 milhões no Garante Amazônia e R$ 34 milhões no Juntos pela Saúde.

O montante destinado ao Garante Amazônia assegura financiamentos a atividades florestais sustentáveis na região Norte do país e será gerenciado pelo Fundo Vale. Já os recursos para o Juntos pela Saúde serão destinados ao fortalecimento da atenção primária nos municípios do entorno das operações da Vale no Pará e no Maranhão, com a expansão da experiência exitosa do projeto Ciclo Saúde Proteção Social, da Fundação Vale. Na concessão de garantias, o Garante Amazônia será destinado a agricultores familiares, empreendedores familiares rurais, aquicultores, pescadores, comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária e povos indígenas, além de associações ou cooperativas que reúnem esses pequenos produtores.